O DIU mirena e o DIU Kyleena são dispostivos intrauterinos que oferecem oferecem uma opção eficiente e conveniente de contracepção hormonal.
Os dois dispositivos operam de maneira similar, mas possuem algumas particularidades relevantes que podem influenciar a escolha de cada indivíduo.
Sendo assim, é crucial conversar com o seu médico para que ele te auxilie nessa escolha.
Qual o médico que te orienta sobre o DIU?
O ginecologista é o médico que cuida da saúde do sistema reprodutivo feminino, que inclui órgãos como útero, ovários, trompas de falópio, vulva e vagina.
Os ginecologistas desempenham um papel crucial na prevenção de câncer de colo de útero e na seleção de métodos de contracepção.
Meu nome é Fernanda Beatriz, sou médica ginecologista e obstetra em Belo Horizonte, tenho experiência ampla em inserção de DIU. Faço a inserção no consultório e acompanho as pacientes durante toda a adaptação ao novo método.
Venha conhecer mais sobre o método e suas indicações. Já há muitos anos acompanhando pacientes em uso de DIU, tenho como te ajudar na indicação, inserção, sintomas e adaptação a cada tipo de DIU.
CRM MG 49995 RQE Nº: 30867
– 15 anos de formação em medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH).
– Mais de 10 anos de experiência em Ginecologia/ Obstetrícia, com formação no Hospital Julia Kubtischek – FHEMIG.
– Há mais de 3 anos atuando como professora do curso de medicina, atualmente na docência da UNIBH.
– Dedico grande parte do meu tempo ao consultório, no cuidado individualizado e humanizado às pacientes. Atuo ainda como obstetra realizando acompanhamento de parto junto a uma equipe multidisciplinar.
É fundamental que você seja orientado por um ginecologista ao escolher o método contraceptivo. Então ele é o médico para te orientar sobre qual DIU escolher.
Ambos os DIUs são métodos contraceptivos extremamente eficientes e oferecem a conveniência de uma longa duração sem a necessidade de manutenção diária.
A escolha entre Mirena e Kyleena pode depender de diversos fatores, como a tolerância ao hormônio, o tamanho do dispositivo e a história de saúde pessoal.
Vamos examinar os detalhes de cada indivíduo para compreender suas particularidades e vantagens.
DIU MIRENA
O DIU Mirena é um tipo de dispositivo intrauterino (DIU) usado como método contraceptivo.
Além da contracepção, o DIU mirena também pode ser usado nas menorragias idiopáticas (sangramento menstrual excessivo, sem causa orgânica), para proteger contra hiperplasia endometrial (crescimento excessivo da camada interna do útero) durante a terapia de intervenção estrogênica e em alguns casos específicos para controle de endometriose.
Ele é um pequeno dispositivo em formato de T, que é colocado no útero por um médico.
O Mirena libera uma pequena quantidade de um hormônio chamado levonorgestrel, que é uma espécie de progesterona.
Aqui estão alguns dados relevantes a respeito do DIU Mirena:
- É um método altamente eficaz para prevenir a gravidez, com uma taxa de sucesso de mais de 99%
- Pode ficar no útero por até 5 anos, mas pode ser retirado antes se a mulher desejar engravidar ou se não se adaptar ao método.
- A dose hormonal dele é de 52mg de levonorgestrel e a média de liberação hormonal ao longo dos 5 anos é de 15mcg/24hrs
- O Mirena libera levonorgestrel diretamente no útero, o que torna o muco cervical mais grosso, dificultando a passagem dos espermatozoides. Adicionalmente, ele pode tornar o revestimento do útero mais fino, o que pode impedir a implantação de um óvulo fertilizado.
- A menstruação é reduzida significativamente pelas mulheres que usam Mirena e algumas até param de menstruar completamente.
- Os efeitos colaterais podem incluir sangramentos irregulares nos primeiros meses e um aumento da oleosidade da pele e cabelo, resultando em espinhas mais frequentes em rosto e dorso. Muitos desses efeitos são diminuídos com o decorrer do tempo.
- O Mirena não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), portanto é crucial usar um preservativo para aumentar a proteção contra essas enfermidades.
- A colocação e remoção do Mirena devem ser realizadas por um especialista em saúde capacitado. O procedimento é relativamente ágil, mas pode causar desconforto ou dor moderada.
Se você está considerando o DIU Mirena como uma alternativa de contracepção, é uma boa ideia conversar com seu médico para ver se é o método mais adequado para você, levando em conta seu histórico de saúde e preferências.
DIU KYLEENA
O DIU Kyleena também é um dispositivo em forma de T que libera o hormônio levonorgestrel, porém apresenta algumas diferenças em relação ao Mirena.
Uma das principais diferenças na indicação do DIU Kyleena é que ele é usado somente como método contraceptivo. Em casos de intercorrências ginecológicas, o DIU Kyleena já não é o mais indicado.
- A eficácia do Kyleena é superior a 99% assim como o DIU Mirena.
- Pode permanecer no útero por até 5 anos, assim como Mirena, podendo ser retirado a qualquer momento.
- A dose hormonal dele é de 19,5mg de levonorgestrel e a média de liberação hormonal ao longo dos 5 anos é de 9mcg/24hrs
- O forma como o DIU Kyleena promove a contracepção é a mesa do DIU mirena.
- O DIU Kyleena tem um tamanho um pouco menor e libera uma menor quantidade de hormônio quando comparado ao Mirena. Essa diferença pode resultar em um conjunto de efeitos colaterais menores que o DIU mirena. Ajudando que a paciente tenha uma melhor adaptação ao método.
- O Kyleena também pode diminuir o fluxo menstrual e causar a ausência de menstruação em algumas mulheres.
O Kyleena pode ser uma escolha adequada para mulheres que preferem um dispositivo menor ou que prefiram uma quantidade menor de hormônios.
Quais exames devo fazer antes de colocar o DIU?
É importante que você faça uma consulta com o seu médico para ele te orientar qual o melhor caminho seguir antes da inserção do DIU.
É importante:
- Que você esteja com o seu exame de Papanicolau em dia.
- Um ultrassom endovaginal mostrando o tamanho do útero para melhor indicação de qual DIU inserir.
- A certeza de não estar grávida.
Antes da inserção do DIU é importante que o ginecologista faça uma boa anamnese para descartar a possibilidade de gestação, usando de conhecimento do ciclo menstrual para essa definição. Ele pode solicitar que a paciente esteja menstruada no dia da inserção ou pode utilizar da possibilidade de realizar um exame de sangue para identificar gestação.
Como é a inserção do DIU?
A inserção do DIU é um procedimento que deve ser realizado por um profissional experiente pois nõ está isento de riscos.
Pode ser realizado no consultório mas também pode ser realizado no bloco cirúrgico com sedação devido a intolerância de dor para algumas pacientes.
Quando realizada no consultório pode ser feito uma anestesia local no colo do útero, algumas vezes, esta anestesia local pode ajudar que a paciente tolere melhor o procedimento.
Durante o procedimento que tem uma duração bem curta, a paciente vai sentir 3 cólicas fortes e pontuais.
A primeira cólica está relacionada ao procedimento de “prender” o colo do útero com uma pinça chama pinça de Pozzi. Com esta pinça o médico consegue deixar o útero mais horizontalizado para uma inserção mais segura.
A segunda cólica acontece devido a histerometria que é o procedimento de medir o colo do útero, desta forma o ginecologista consegue saber a distância que ele tem que caminhar com o DIU dentro do útero para que ele fique bem posicionado.
A terceira cólica é a inserção propriamente dita do DIU dentro da cavidade.
Após a inserção do DIU algumas pacientes podem ainda sentir uma cólica mais forte por cerca de 20-40min, mas progressivamente esta cólica tem que ir melhorando. Pode, também, neste momento usar de analgésicos orais de rápida absorção para aliviar o desconforto da paciente.
Após a inserção do DIU é necessário que a paciente faça um acompanhamento mais de perto com o seu ginecologista, avaliando a adaptação e posição do DIU dentro do útero. Pode ser indicado ultrassom endovaginal para este acompanhamento.
Quais são as complicações do DIU?
Durante o primeiro ano de uso do DIU, a mulher pode expelir o dispositivo de forma natural, especialmente nas primeiras semanas.
Podem surgir sintomas, como dor e sangramento, principalmente quando o DIU está na posição errada. Esses sinais indicam a necessidade de procurar um médico para uma melhor avaliação.
O DIU pode perfurar o útero durante a colocação. No entanto, esse é um problema raro e, quando ocorre, é detectado por meio de exames de imagem realizado dias após a inserção.
Quando o DIU ultrapassa o útero e cai na cavidade abdominal, é necessário realizar uma cirurgia para retirada. A experiência do ginecologista é crucial para reduzir esse risco.
Dentre todos os riscos o maior se refere à gestação que ocorre fora do útero, principalmente nas tubas uterinas.
É essencial consultar um profissional de saúde para discutir suas opções e determinar qual dispositivo é o mais adequado para suas necessidades individuais. Eles poderão fornecer informações detalhadas sobre cada opção e ajudar a tomar a decisão mais informada com base em suas preferências e condições de saúde.
Veja também:
https://drafernandabeatriz.com.br/exame-de-papanicolau/(abrir em uma nova aba)
https://drafernandabeatriz.com.br/pre-natal/(abrir em uma nova aba)
https://drafernandabeatriz.com.br/ginecologia-ginecologista/(abrir em uma nova aba)